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Marcelino Pão e Vinho já faz parte da história dos sorocabanos, sobretudo dos moradores do Além Ponte, onde no início do século XX começaram a se concentrar as primeiras colônias de origem espanhola. O filme de 1954, também espanhol, revelou para o mundo o ator Pablito Calvo, que vivia o Marcelino. Anualmente o filme era exibido na cidade, no extinto Cine Eldorado, no centro da colônia espanhola, o público formava filas de dobrar o quarteirão para ver e rever a história do menino que falava com Deus.

Marcelino é um melodrama clássico e talvez por isso fizesse muito sucesso também nos circos teatros em que era costumeiramente encenado.

A história é simples, singela. Um bebe é abandonado à porta de um mosteiro. Os freis, incapazes de conseguir um bom lar para a criança resolvem assumir eles mesmos a tarefa de criar e educar Marcelino. Como a única criança dentro de um mundo de adultos, Marcelino passa a criar amigos imaginários, até descobrir no sótão do mosteiro uma estátua em tamanho natural do Cristo crucificado. A partir daí, Marcelino passa a levar escondido dos freis, pão e vinho para seu novo amigo. E aí, seja no sonho infantil de um menino sem amigos, ou por milagre de pura fé, Marcelino ganha um amigo real. As tardes no mosteiro agora são conversando com Deus.

Marcelino tem emocionado gerações desde sua estréia no cinema e nas sucessivas montagens teatrais pelo mundo afora. Na TV ele retornou como desenho, o que possibilitou uma aproximação com o público contemporâneo.

A Cia Clássica estreou Marcelino Pão e Vinho em 1998 e desde então a peça é um dos carros chefes do repertório da companhia. Integram o elenco da montagem os atores, Rafael Milbio, Felipe Dias, André Lui, João Vieira e Mario Pérsico que também dirigiu e adaptou a história para o teatro.

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