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OS PREMIADOS ESPANHÓIS DA CIA. CLÁSSICA

 

Do Outro Lado do Rio, novo espetáculo da Cia. Clássica de Repertório. A peça, segunda parte da trilogia sorocabana desta companhia, faz parte do projeto Teares, Laranjas, Cebolas: A Economia Sorocabana nas Malhas da Imigração Espanhola e já conta em seu currículo com premiações em âmbito municipal, estadual e federal: o projeto foi inicialmente agraciado com a LINC – Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba; em seguida foi contemplado com o Prêmio Myriam Muniz da Funarte; vindo, por último, a premiação do Projeto Ademar Guerra da Secretaria de Cultura do Estado de SP.

 

Esta é a quarta vez que a Cia. Clássica de Repertório é contemplada com a LINC e a segunda vez com o Prêmio Myriam Muniz - sendo o único grupo fora do eixo Rio - São Paulo a ser agraciado pela Funarte em suas duas premiações consecutivas.

 

Sobre o Projeto Ademar Guerra, vale destacar que esse possibilitou a parceria da companhia com o orientador e diretor Tato Consorti. Sorocabano, ex-integrante da Cia. Clássica de Repertório, Consorti atualmente mora no Rio de Janeiro, onde tem sido apontado pela imprensa local como revelação da nova safra de diretores. Já dirigiu, à frente de sua Imprecisa Companhia, figuras como Xuxa Lopes, Maria Maya, Ernani Morais, Liliana Castro, dentre outros, e tem no currículo de seus espetáculos, indicações e prêmios como o Shell e o Eletrobrás.

 

Tais conquistas aumentam e estimulam o desafio da produção do espetáculo. Este espetáculo é o maior espetáculo já produzido pela Cia. Clássica de Repertório em seus quatorze anos de atividades ininterruptas em Sorocaba: Do Outro Lado do Rio conta com um elenco de 27 pessoas aos quais se somam músicos, contra-regras, orientadores e professores de espanhol, dança flamenca, canto, e outros profissionais especialmente convidados que formam uma ficha técnica com mais de 50 pessoas.

 

Mais de 300 metros de tecido foram usados para compor cenário e as quase 150 peças de figurino, especialmente criados por Cíntia Almeida.

 

O projeto contou ainda com participações como Bete Dorgan, Ingrid Koudela e Rodrigo Scarpelli, responsáveis pela preparação teórica e técnica dos atores para o clown, linguagem utilizada no espetáculo.

 

Além disso havia outro desafio, mais de 70% do texto é falado em espanhol, o que obrigou o elenco a ter, paralelo a todo o processo, oficinas de espanhol com Javier Hugo Fariña Kravos.

 

Parece pouco? Mariana Filosi compôs especialmente para o espetáculo 17 músicas originais o que acabou dando um contorno de musical à obra e exigindo ainda mais de todo o elenco.

 

Complementando esse processo de canto, espanhol, linguagem do clown, ainda veio o corpo flamenco através da orientação de Thalma di Lelli, tudo isso visando um mergulho no tempo e no espaço para trazer à cena a saga da imigração espanhola em Sorocaba.

 

 Tudo isso só aumenta o desafio para se realizar um grande espetáculo, para a Cia Clássica e para a cidade. À frente da direção da CIA CLÁSSICA desde 2001 e acostumado a trabalhar com orçamentos menores, Mario destaca que inicialmente R$ 100.000,00 pode parecer muito, mas diante de um elenco e ficha técnica tão vasta, acaba até sendo um orçamento bastante modesto, mesmo para os padrões sorocabanos.   

O espetáculo acontecerá na Escola Municipal Matheus Maylasky a partir deste final de semana, com um ensaio aberto no sábado e pré-estréia para convidados no domingo, com a presença do digníssimo cônsul da Espanha Don Fernando Martinez. E como ocorreu com a primeira parte da trilogia, será uma encenação que englobará toda a escola.

 

Com tantos apoios e incentivos, a companhia tem tudo para estrear com sucesso a segunda parte de sua trilogia sorocabana – que, na etapa final, falará sobre o Além Linha e a vida operária da cidade.

 

SINOPSE

 

Do Outro Lado do Rio aborda os principais fatos ocorridos na cidade entre 1900 e 1937, estabelecendo uma crônica da imigração espanhola em nossa cidade e das marcas que esses imigrantes imprimiram na cultura, economia e política não apenas no Além Ponte mas de toda a cidade.

 

São histórias pitorescas, trágicas, lúdicas, como a cena do Assassinato do Prefeito, onde é mostrado o assassinato do interventor municipal em plena praça pública. Assim como há também personagens históricos imortalizados na memória da cidade como a líder operária e ativista comunista Salvadora Lopez que foi também a primeira vereadora eleita e já cassada antes mesmo de assumir o mandato.

 

Para isso foi necessária uma vasta pesquisa, utilizando-se de toda bibliografia disponível sobre o tema. Nesse sentido, foi de fundamental importância o estudo de Os Espanhóis de Sergio Coelho de Oliveira, Salvadora de Carlos C. Cavalheiro, Resumo de Ana de Modesto Carone, dentre outros.

 

A direção geral do espetáculo é de Mario Pérsico e Tato Consorti, com produção Rodrigo Cintra, direção musical de Mariana Filosi, e uma equipe de 27 atores.

 

A temporada acontecerá nas dependências da Escola Municipal Matheus Maylasky, aos sábados e domingos, sempre às 17h. Lotação máxima de 120 pessoas. Entrada franca

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