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“O COMPADRE DA MORTE” surge para a CIA CLÁSSICA DE REPERTÓRIO como um o aprofundamento de uma pesquisa sobre o universo mítico do caipira, das lendas e causos extraídos do folclore brasileiro. Pesquisa esta que começou no ano de 2006, com o Projeto ”De Feiras de Muares à Revolução Industrial”, quando a Cia Clássica de Repertório foi agraciada com o Prêmio Funarte de teatro Myriam Muniz.O projeto era um resgate da história de Sorocaba partindo-se de um momento muito peculiar - a Febre Amarela, ocorrida no ano de 1897 a 1900. Sendo que o final do século XIX marca também o final de um ciclo econômico iniciado em 1750, que eram as Feiras de Muares. E este denominador só começou a ser alterado com o surgimento da estrada de ferro que foi pouco a pouco estendendo sua malha por todas as regiões do território nacional, tornando o transporte de cargas mais rápido, mais eficiente e mais barato. Mas o tiro de misericórdia desse processo viria a ocorrer em plena Feira de Muares de 1897 e também a última ocorrida aqui. - A Febre Amarela que surgiu em Sorocaba em 1897.Contudo, naquele momento o foco de nossa pesquisa era o dialeto que surgiu da miscigenação do índio com o branco e que foi sendo assimilado por todos nós através das oficinas de prosódia caipira.Na pesquisa desse universo peculiar vieram muitas estórias, lendas e causos saborosíssimos que compõe juntamente com a língua, o corpo dessa cultura popular. É essa cultura que ainda se encontra em resquícios no interior de alguns lares onde vez por outra se pode encontrar a receita de curau ou canjica que sai da gaveta para matar a saudade. Ou surpreender-se com a exclamação de um provérbio ou ditado que veio na bagagem cultural desse povo como: “Vô mi já que tá pingano”.O Projeto é um resgate dessa cultura partindo-se de lendas e causos que povoam o inconsciente brasileiro.O texto nascido dessa pesquisa partiu basicamente das histórias e causos recolhidos por Câmara Cascudo. O texto, dentro desta proposta explora o lúdico. As suas tradições e a cultura, tudo traduzido para um espetáculo em estilo popular. E assim como artistas estamos resgatando um pouco de nossa raiz mítica e perpetuando histórias que pertencem à oralidade cultural brasileira. O conto O Compadre da Morte, pertence à tradição oral de vários paises. Em linhas gerais é a história de José, um homem que tinha tantos filhos que não havia mais a quem convidar para apadrinhar o último que estava por vir. Desesperado, José resolve convidar a morte para madrinha do rebento. Convite que é prontamente aceito e ai começa uma complicada relação de amizade e traições. A sabedoria popular de José faz com que ele leve a melhor e engane a morte por duas vezes.Fazem parte da montagem os atores  Renato Gommes, Diogo Schultz, Danilo Panayotou, Richard Santos, Diego Crivari, Matilde Santos, Merlin Kern, Mario Pérsico, Rosaura Mello, Felipe Dias e Ibraim Ramos.Texto e Direção: Mario Persico, Direção de Movimento: Merlin Kern, Preparação Vocal: Edmo Perandim, Produção: Richard Santos

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